O artista Robh Ruppel anda desenvolvendo em seu blog alguns estudos muito bons que demonstram seu processo de trabalho. Ou melhor, como tenta simplificar seus trabalhos mais complicados. Robh captura a essência dos valores tonais, das cores e das luzes de uma imagem tão perfeitamente que vendo-as em tamanho reduzido parecem muito reais. E mesmo quando as ampliamos ainda restam dúvidas sobre se são artes trabalhadas sobre fotos. Mas não são.
Como ele faz isso afinal? A resposta me parece bem clara em seu post entitulado “it’s about the basics“, que tomei a liberdade de traduzir e reproduzir aqui no blog:
“Quando estou trabalhando em algo complexo e confuso eu sempre acho útil voltar às formas básicas, às grandes massas (formas) e direção da luz. Eu começo com as formas e fico ciente do design e da silhueta, e então quais são as formas mais importantes e como a luz irá reagir sobre elas. Uma vez que isso está resolvido na minha mente eu posso adicionar detalhes, mas serão sempre subordinados às formas maiores (os big shapes).
Quanto mais faço arte mais eu descubro que não se trata de qual “brushes”, truque ou técnica se usa, se trata dos fundamentos da arte: desenho, observação, cores… essas coisas.” (Robh Ruppel)
Veja abaixo bons exemplos desse processo:
E você, como estão seus fundamentos?
14 comentários
Gisele says:
Mar 21, 2011
Fantastico esse post.
zecarlos says:
Mar 21, 2011
caraca…o post termina com uma questao muito maneira…realmente se um cara do nivel do robh estuda desse jeito,e sai coisas desse tipo que teoricamente sao apenas estudos dele…..como um reles mortal normal (heheh)preciso dar um agilizada no meus fundamentos,quer dizer reciclagem de vez em quando e bom hehe
Mario says:
Mar 21, 2011
Otimo post, este blog é muito bom!
Flavio Remontti says:
Mar 24, 2011
Valeu, Mario! : )
Abs
Anderson Awvas says:
Mar 21, 2011
Excelente post!
Ilustrações mais simples também podem ser mega realistas, é pura questão de observação.
Esse Robh é muito bom!
Gandolpho says:
Mar 22, 2011
Fundamentos… falta em todos os lugares.
MarlosNobre says:
Mar 24, 2011
Acho que vale apena conferir
Concept Art e Ilustração Digital com Eduardo Schaal
http://www.drcconference.com.br/int_agenda/mostra_agenda.php?valor=f288dddf32b22832aj42c8&valor2=52dfc01f32b221704aj42c8
Artur Guitelar says:
Apr 28, 2011
Cara, excelente post.
Realmente esclarece muita coisa e ajuda a ter uma nova forma de pensar sobre concepts.
Seu blog está me ajudando muito.
Muito Obrigado mesmo!
Flavio Remontti says:
Apr 28, 2011
Imagina cara. Eu que agradeço teu acesso.
Abs!
Gabi Martins says:
Oct 5, 2011
Não conhecia o trabalho dele. E isso só reforça a minha opinião sobre o mais importante em qualquer trabalho ligado a desenho ser a base – depois vem o direcionamento, o aperfeiçoamento de técnica, etc.
Flavio Remontti says:
Oct 5, 2011
Sem dúvida Gabi. É exatamente isso. Muita gente quer pular etapas e já ir direto para ilustrações photoshopescas sem ter uma boa base. Pode até ficar bonito, mas que conhece percebe a diferença em termos de qualidade e estilo. Abs!
Regis Rodrigues says:
Dec 18, 2011
Parabens pela iniciativa de criar este blog! Realmente excelente!!!…
Aguardo atualizações e aqui vai uma dica de um video de um cara que eu admiro o trabalho….
espero que curtam…
Flavio Remontti says:
Dec 18, 2011
Valeu Regis!
Abs
Ronan says:
Nov 8, 2012
“Muita gente quer pular etapas e já ir direto para ilustrações photoshopescas sem ter uma boa base. Pode até ficar bonito, mas quem conhece percebe a diferença em termos de qualidade e estilo.”
THIS!!
Concordo plenamente exatamente porque agora consigo me ver como era no passado, e reconheço um cara que confiava demais no truques e atalhos que as ferramentas proporcionavam, mas que também era completamente vazio de fundamentos. E sem pilares, a frustração sempre vai estar presente – a não ser que não exista senso crítico. Fico tão feliz quando a mente abre ao ler posts assim! Uma sensação de aprendizado que em poucos momentos consigo sentir.
Ouvi tantas vezes que desenho tem que ser intuitivo, sair naturalmente como se baixasse o Divino Espírito Santo. Para algumas pessoas talentosas até pode ser, não nego, mas para quem não enxerga as coisas de forma simplificada (meu caso), tentar criar confiando no “achismo” chega a ser uma tortura. Por isto estou ciente de sempre voltar ao básico. Entender como a ilustração se estrutura é a melhor solução.
So, back to basics… (: